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sexta-feira, 23 de março de 2012

A febre do alce com a Abercrombie & Fitch

Lojas escuras, música alta e modelos seminus pelos corredores. Eis a receita da Abercrombie & Fitch para tornar-se uma das marcas mais quentes dos EUA

Bárbara Ragoya, de
Kimmasa Mayama/Getty Images
LOJA DA ABERCROMBIE NOS EUA: o maior crescimento entre o público jovem
LOJA DA ABERCROMBIE NOS EUA: o maior crescimento entre o público jovem
Não são nem dez horas da manhã e uma fila com cerca de 50 pessoas começa a se formar na calçada em frente ao número 720 da mítica Quinta Avenida, em Nova York. Ali, homens e mulheres de todas as idades amontoam-se à espera de que as portas se abram e eles possam comprar. Na calçada em frente, a Apple Store arrebenta nas vendas do iPad. Mas a aglomeração de consumidores está em busca de um produto bem mais prosaico — roupas, desde que elas tenham o logotipo da Abercrombie & Fitch, marca americana tradicionalíssima que recentemente se tornou febre entre os adolescentes (não necessariamente em idade cronológica) de todo o mundo. O fenômeno explica-se menos pelas roupas que são oferecidas e mais por tudo o que as cerca. As lojas da Abercrombie reproduzem o clima de festas rave, com luzes piscantes, som no último volume e recepcionistas musculosos com o torso desnudo. O fenômeno em torno da marca extrapolou o mundo físico. A página da Abercrombie no Facebook conta com 2 milhões de fãs — dez vezes mais que a Sears e o dobro da Ralph Lauren. Há pelo menos três meses, é a rede de varejo jovem que mais cresce nos Estados Unidos, com uma taxa de 10% ao mês, comparada a 1% do setor. "A Abercrombie tornou-se sinônimo de tudo o que é cool", diz Fernando Lucena, presidente da consultoria Friedman Group no Brasil, especializada em varejo.

Por trás do barulho em torno da Abercrombie & Fitch está uma história fascinante de virada nos negócios de uma companhia que, até pouco tempo atrás, agonizava em meio ao disputado varejo americano. A rede nasceu em 1892, como uma pequena loja de armas de caça no estado de Ohio — daí a escolha do alce como símbolo da marca. Entre seus clientes estiveram os presidentes Theodore Roosevelt e Gerald Ford e o escritor Ernest Hemingway. A proliferação de grandes redes de artigos esportivos aliada à expansão da classe média entre as décadas de 50 e 60 fez com que a marca, considerada aristocrática, perdesse espaço. Os negócios decaíram até que, em 1977, a Abercrombie & Fitch estava falida. A ressurreição aconteceria anos mais tarde como braço de uma rede de varejo — mas sem nenhum vestígio do charme do passado. No final dos anos 80, a Abercrombie (ou o que havia restado dela) foi adquirida pelo fundo The Limited por 50 milhões de dólares. Com uma gestão profissionalizada e a abertura de capital na bolsa em 1996, a empresa começou a recuperar parte de seu prestígio. Em apenas dez anos, a Abercrombie quintuplicou de tamanho, chegando a mais de 1 000 lojas e a um faturamento de 3,7 bilhões de dólares anuais. "A Abercrombie & Fitch ressurgiu praticamente das cinzas", diz Ann Brouwer, sócia da consultoria McMillan Doolittle, especializada em varejo. "Houve um minucioso trabalho de resgate da marca. Hoje, ela está entre as 30 mais valiosas do setor."
Fonte: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0977/noticias/a-frebre-do-alce

Publicação de Revista Famosa

Roupas de grife ajudam a influenciar as pessoas

Estudo prova que usar roupas caras realmente mexe com o inconsciente alheio. Mas só se a marca estiver à mostra

por Salvador Nogueira
O mundo trata melhor quem está bem vestido. Um novo estudo comprova que isso é verdade - mas não porque roupas caras sejam bonitas ou estejam na moda. Seu poder está concentrado em um único elemento: o logotipo da grife.

A pesquisa foi coordenada pelo psicólogo Rob Nelissen, da Universidade de Tilburg, na Holanda. Ele pediu a voluntários que olhassem fotos de um homem de camisa polo - com ou sem o símbolo de uma grife - e também mandou uma assistente ir à rua pedir donativos (usando uma blusa de marca, cujo logotipo foi coberto durante metade do tempo). Quando o logo estava visível, as pessoas demonstravam 20% mais de respeito e davam 400% mais atenção e 178% mais donativos para o dono da roupa, que também era considerado merecedor de um salário 9% maior.

Em outra experiência, cada voluntário recebia 10 euros - e tinha de dar uma parte a outra pessoa (que na verdade era um comparsa dos pesquisadores). Quando essa pessoa estava vestida com uma grife, o voluntário dava mais dinheiro a ela. Em alguns casos, os cientistas diziam que a roupa de grife tinha sido um presente, pois aquela pessoa era pobre. Isso fazia com que os voluntários voltassem a ser muquiranas - anulando o efeito positivo que tinha sido gerado pela roupa de marca.

Ou seja: se você quer influenciar os outros, não basta se vestir bem. É preciso ostentar um logotipo, deixando claro que a roupa foi cara e que você tem bastante dinheiro. Ou pelo menos fingir. "Os dados sugerem que o consumo de luxo pode ser uma estratégia social lucrativa", diz Nelissen.

Fonte: http://super.abril.com.br/cotidiano/roupas-grife-ajudam-influenciar-pessoas-632073.shtml